JUCURUÇU

ITANHÉM: Principal suspeito do assassinato de Brício, em Ibirajá, se apresenta e conta sua versão à polícia.

O principal suspeito de alvejar com quatro tiros Fabrício Barbosa Alves, o “Brício”, de 33 anos, no último domingo (5), em Ibirajá, distrito de Itanhém, se apresentou à Polícia Civil, na delegacia de Medeiros Neto, na manhã desta quinta-feira, 09.

O indivíduo, identificado como Robson, ou “Robinho“, de 26 anos, acompanhado por um advogado, prestou depoimento ao delegado Júlio Teles, trazendo a sua versão sobre os fatos da noite do crime.

Robinho foi ouvido e também conversou com a reportagem do MedeirosDiaDia, mas não quis gravar entrevista. Segundo ele, Brício era um conhecido, mas não tinha amizade, pois ele sempre foi uma pessoa problemática. Antes de cometer o crime, ele estava na esquina de um galpão, distante cerca de 50 metros de onde ficam os bares, junto a um amigo menor de idade.

Conforme a versão de Robinho, Brício estava alterado e teria ido urinar perto dos dois, inclusive “peitando” a ambos. Eles teriam dito para Brício se acalmar, pedindo para “sair fora”. Nesse momento, a vítima teria empurrado o amigo do autor, que não revidou, e começou a se afastar.

O menor de idade possuía uma arma de fogo em uma pochete e a transferiu para a cintura, atitude percebida por Brício, que iniciou questionamentos ao menor e chegou a se aproximar de Robinho provocando, mas ele não reagiu no momento.

O grupo tentou se afastar, indo comer um lanche, mas a vítima continuou em direção aos dois.

Em dado momento da confusão, Brício, alterado, desferiu um golpe com uma garrafa “litrão” contra o rosto de Robinho. Após ser atingido no rosto, o autor se virou, saindo e pedindo ajuda ao menor. Este já estava com a arma de fogo nas mãos e o entregou.

Atordoado e com Brício indo em sua direção, ainda com a garrafa na mão, Robinho conta que, então, efetuou os disparos, fugindo em seguida com o menor. A primeira tentativa de fuga teria sido em seu veículo, que não funcionou, mas buscou uma moto na casa de um parente da esposa.

Na fuga, dispensaram a arma do crime no mato, com medo de uma abordagem policial. Robinho ainda contou que pensou ter dado apenas dois tiros em Brício, confuso com o golpe que havia tomado com a garrafa, tendo sido quatro, na verdade.

Nas versões anteriores, foi apontado que Robinho e Brício seriam cunhados ou primos. Nem eles, nem a esposa, apresentam qualquer parentesco. Outro ponto dito anteriormente é que Robinho teria ido ao Salomão, outra localidade, buscar a arma – o que também não corresponde ao depoimento.

O delegado deve ainda ouvir o menor de idade, que estava com a arma, a esposa e outras testemunhas para finalizar o inquérito policial. Robson foi ouvido e liberado.

Fabrício morreu na tarde de terça-feira, 07, no Hospital Municipal de Teixeira de Freitas, após passar por procedimentos cirúrgicos.

Por MDD

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *