Secretaria da Saúde identifica nove casos de malária no extremo sul da Bahia; idosa está internada
Casos na cidade de Itabela foram notificados no dia 26 de junho. Sesab registrou novas ocorrências em Itamaraju e Porto Seguro. Mulher de 63 anos está internada há 15 dias fazendo tratamento da doença.
A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) identificou nove casos de malária em cidades no extremo sul da Bahia e confirmou a doença em pelo menos três municípios na região. Um dos casos foi identificado em Porto Seguro, outro em Itamaraju e sete em Itabela. Nenhuma morte foi registrada no estado.
O Núcleo Regional de Saúde, no entanto, informou que o caso registrado em Porto Seguro é de uma idosa de 63 anos, moradora de um assentamento na cidade de Itabela.
Ela está internada há 15 dias no Hospital Luís Eduardo Magalhães, unidade referência para pacientes no tratamento da doença.
Técnicos da Sesab permanecem em pesquisas e acompanham os casos na região. Mosquiteiro estão sendo doados para moradores da região para evitar a proliferação do inseto transmissor da doença.
Malária
Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a malária é potencialmente grave e costuma ser transmitida ao ser humano pela picada de mosquitos infectados pelo parasita. A doença também pode ser transmitida por compartilhamento de seringas, transfusão de sangue e até de mãe para feto, na gravidez.
A malária tem sintomas como febre alta, calafrios, sudorese e dor de cabeça. Além disso, o paciente infectado também pode ter dor muscular, taquicardia e aumento do baço. Geralmente, nos casos letais da doença, o paciente desenvolve o que se chama de malária cerebral.
Ainda de acordo com a Fiocruz, essa evolução da malária pode levar o paciente ao coma, já que também tem como sintomas ligeira rigidez na nuca, perturbações sensoriais, desorientação, sonolência ou excitação, convulsões e vômitos.
Prevenção e tratamento
O principal meio de prevenção da malária é o controle e eliminação do mosquito transmissor. Esse controle pode ser feito por medidas individuais e coletivas, como: uso de mosquiteiros impregnados ou não com inseticidas; roupas que protejam pernas e braços; telas em portas e janelas; e repelentes.
Além disso, também é possível fazer drenagem de coleções de água; pequenas obras de saneamento para eliminação de criadouros do mosquito; aterro, limpeza das margens dos criadouros; modificação do fluxo da água; controle da vegetação aquática e outros.
O tratamento da malária deve ser iniciado o mais rápido possível, para eliminar o parasita da corrente sanguínea do paciente. A Fiocruz detalha que o tratamento imediato com antimalárico – até 24h após o início da febre – é fundamental para prevenir as complicações.
Nos casos em que o teste de diagnóstico não estiver acessível nas duas horas primeiras de atendimento, o tratamento com antimaláricos deve ser administrado com base no quadro clínico e epidemiológico do paciente.
Fonte- G1 Bahia.