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Tecnologia que identifica álcool no sangue do motorista pode se tornar obrigatória nos carros novos; entenda

A conclusão da causa do acidente fatal foi a falha do motorista em controlar seu veículo “devido ao alto nível de álcool”.

Em breve, veículos novos podem vir de fábrica com um sistema capaz de identificar o nível de álcool no sangue do motorista. Pelo menos essa é a ideia do NTSB, o Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos.

A entidade conta com o apoio da NHTSA para transformar o projeto em lei de trânsito para alavancar a criação ou adaptação de tecnologias capazes de limitar a capacidade de guiar veículos quando o condutor estiver alcoolizado.

O problema é de longa data e no Brasil não é diferente. Até maio de 2022, por exemplo, segundo os dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), mais de 7 mil motoristas foram autuados por dirigir sob o efeito de álcool.

Nos EUA, o que está motivando a ideia foi um acidente que matou nove pessoas em 2021 na Califórnia, entre elas sete crianças. Numa rodovia com limite de 90 km/h, um motorista foi flagrado dirigindo a cerca de 160 km/h antes de perder o controle do carro por conta da bebida: “sua concentração de álcool no sangue era mais que o dobro do limite legal”, diz o relatório das autoridades.

No fim, o acidente matou o motorista e oito pessoas em outro veículo que trafegava a 70 km/h. A conclusão da causa do acidente fatal foi a falha do motorista em controlar seu veículo “devido ao alto nível de álcool”.

“As tecnologias de detecção passiva de álcool integradas em veículos que impedem ou limitam os motoristas de operar seus veículos têm um potencial significativo de salvar vidas”, diz o conselho.

Congresso incetiva a mudança

Questionado se a medida pode sair do papel, um porta-voz da NHTSA declarou que a agência já iniciou um trabalho para criar regras voltadas para novas tecnologias de condução de veículos no ano passado. O Congresso americano, por sua vez, recomenda uma ação mais enérgica do órgão para que novos veículos sejam equipados com tecnologias de “prevenção de condução embriagada”.

Segundo um estudo do Instituto de Seguros para Segurança nas Rodovias, tecnologias como essa podem evitar mais de 9,4 mil mortes nas estradas americanas anualmente.

Um dos projetos em andamento é um sistema que identifica quando um motorista está intoxicado com uma concentração de álcool igual ou superior a 0,08% no sangue. A ferramenta consegue até impedir que o carro se mova e deve acompanhar em breve os demais recursos de segurança presentes nos veículos, como frenagem automática, aviso de saída de faixa e outras tecnologias de assistência ao motorista.

No fim, se a regra for de fato aprovada, a lei americana diz que a NHTSA deve emiti-la até novembro de 2024. Em seguida, os fabricantes de automóveis terão dois anos para se adequarem.

Imagem principal: Africa Studio/Shutterstock

Via: Ars Technica

Fonte- Olhar Digital

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