Pfizer começa a testar vacina contra variante ômicron
A vacina da Pfizer-BioNTech foi a primeira autorizada nos países ocidentais, em dezembro de 2020.
Pfizer e BioNTech iniciaram o recrutamento para os testes clínicos sobre a segurança e a resposta imune de sua vacina específica contra a variante ômicron, em adultos de até 55 anos, informa um comunicado divulgado nesta terça-feira (25).
Albert Bourla, CEO de Pfizer, já havia declarado que o grupo farmacêutico poderia estar preparado para solicitar a aprovação regulatória da vacina em março.
A diretora de pesquisa de vacinas da Pfizer, Kathrin Jansen, afirmou que embora os dados atuais mostrem que os reforços da vacina original protegem contra formas graves de ômicron, o laboratório prefere atuar com cautela.
“Reconhecemos a necessidade de estar preparados caso a proteção diminua com o tempo, ajudar potencialmente a abordar a ômicron e novas variantes no futuro”, disse.
Ugur Sahin, diretor executivo do laboratório alemão BioNTech, afirmou que a proteção da vacina original contra a Covid leve e moderada pareceu diminuir de maneira mais rápida no caso da ômicron.
“O estudo é parte de nossa abordagem científica para desenvolver uma vacina baseada em variantes que alcance um nível similar de proteção contra a ômicron como o registrado contra as variantes anteriores, mas com uma duração maior da proteção”.
O teste terá a participação 1.420 pessoas com idades entre 18 e 55 anos. Os voluntários serão divididos em três grupos.
O primeiro envolve pessoas que receberam duas doses da vacina Pfizer-BioNTech entre 90 e 180 dias antes da inscrição e que receberão uma ou duas doses da vacina contra a ômicron.
O segundo inclui pessoas que receberam três doses da vacina atual entre 90 e 180 dias antes do estudo e receberão outra dose da vacina original ou uma vacina específica contra a ômicron.
O último grupo inclui pessoas que nunca foram vacinadas contra a covid e que receberão três doses da vacina específica contra a ômicron.
A vacina da Pfizer-BioNTech foi a primeira autorizada nos países ocidentais, em dezembro de 2020.
Por ser baseada na tecnologia de RNA mensageiro é relativamente fácil de atualizar para refletir o código genético das novas variantes.
Alguns países já dão sinais de começar a sair da nova onda de contágio provocada pela ômicron, a cepa mais transmissível registrada até o momento, embora os casos globais continuem em alta.
O coronavírus provocou 5,6 milhões de mortes no mundo desde que a detecção da Covid-19 em dezembro de 2019 na China.
Fonte- Política Livre