Sem dar detalhes, Alessandro Vieira diz que quer CPI da rachadinha
Ainda não se sabe o que seria investigado em detalhes, duração ou se há apoio suficiente ao pedido.
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) disse nesta 2ª feira (5.jul.2021) que quer uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar suposto esquema da “rachadinha” –prática em que o assessor entrega parte de seu salário ao congressista- do presidente Jair Bolsonaro enquanto era deputado.
“Os fatos são gravíssimos e exigem apuração. O Senado tem legitimidade e estatura para fazer essa investigação, mesmo em um momento tão difícil da nossa história. Ninguém está acima da lei. Os fatos narrados são graves e exigem apuração imediata”, disse.
A CPI é um instrumento garantido à minoria da Casa, para ser instalada precisa ter ao menos 27 assinaturas, um objeto claro de investigação, prazo para funcionar e fato determinado que a justifique. Até a publicação dessa notícia, entretanto, Vieira ainda não havia divulgado a íntegra do requerimento contendo esses detalhes.
Uma ex-cunhada do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, em áudio gravado, que o então deputado tinha um envolvimento direto no suposto esquema da “rachadinha” de 1991 a 2018. O advogado do presidente, Frederick Wassef, nega que o esquema tenha existido.
Segundo gravações obtidas pelo UOL, Bolsonaro demitiu um familiar porque ele não devolvia a quantia combinada do salário. Andrea Siqueira Valle, irmã de Ana Cristina Valle –2ª mulher de Bolsonaro–, afirma que seu irmão, André Siqueira Valle, foi demitido por decisão do presidente. O Planalto não se pronunciou sobre a acusação.